MDB se fortalece ainda mais após a janela partidária

Muitos políticos de Alagoas aproveitaram a janela partidária para trocar de partido e disputar uma vaga nas eleições de 2022. O MDB, partido do ex-governador Renan Filho, foi o que mais obteve adesões.

Somente na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), dos 27 deputados, 13 mudaram seus partidos para disputar a reeleição. A mesma situação ocorreu na Câmara Federal. No Senado, a mudança atingiu mais de 50%.

Na ALE, o cenário partidário ficou desta forma: Jô Pereira era do MDB e se filiou ao PSDB; Marcelo Victor, presidente da ALE, deixou o Solidariedade e passou para o MDB; Cibele Moura integrava o PSDB migrou para o MDB; Dudu Ronalsa era do PSDB migrou para o MDB; Gilvan Barros Filho era do PSD migrou para MDB; Flávia Cavalcante era do PRTB migrou para o MDB; Yvan Beltrão era do PSD migrou para o MDB; Bruno Toledo era do PROS migrou para o MDB; Inácio Loiola era do PTB migrou para MDB; Fátima Canuto era do PRTB migrou para o MDB; Francisco Tenório era do PMN migrou para o Progressistas; Marcos Barbosa era do PPS e migrou para Cidadania; e Ronaldo Medeiros era do MDB e retornou para o PT.

Já na Câmara dos Deputados, a situação partidária é a seguinte: Nivaldo Albuquerque era do PTB migrou para o Republicanos; Marx Beltrão era do PSD migrou para o PP; Tereza Nelma era do PSDB migrou para o PSD; Severino Pessoa era Republicanos migrou para o MDB e Sérgio Toledo que era do PL migrou para o PV.
No Senado, Rodrigo Cunha deixou o PSDB e está filiado ao União Brasil e Fernando Collor saiu do PROS e migrou para PTB.

SOBREVIVÊNCIA

Para a cientista política Luciana Santana, a janela partidária foi a oportunidade para que muitos busquem a sobrevivência política. “Nas últimas eleições, a janela partidária foi reduzida de um ano para seis meses e por isso tem se notado uma intensidade maior nas migrações. Vale destacar que são janelas de oportunidades para a sobrevivência política de alguns políticos com mandados”, opinou.

Luciana também vê as migrações como uma maneira de impulsionar os partidos que já têm se destacado no âmbito do estado. “No caso da ALE a gente vê um fortalecimento do MDB, muito em detrimento do rompimento de Marcelo Victor com Arthur Lira [presidente da Câmara – PP], o que dará ao ‘governador tampão’ mais chance de tentar reeleição”, avalia.

Publicidade