Rodrigo Cunha: Alagoas não é o império dos Calheiros. É o império do povo!

O senador Rodrigo Cunha (União Brasil) publicou, em suas redes sociais, um vídeo no qual critica a decisão judicial que o obriga a retirar do ar um vídeo em que o parlamentar repudiou as movimentações políticas e acordos da família Calheiros, em especial, com o candidato a governador-tampão Paulo Dantas (MDB).

Cunha destacou o esforço feito pelo MDB, Renan Calheiros e Renan Filho para tirar de circulação uma informação amplamente divulgada pela imprensa e que é de conhecimento público.

O parlamentar foi firme ao afirmar que não é o único a discordar da maneira como o processo de escolha indireta do governador-tampão está sendo conduzido e desafiou: “Por que será, Renan? Por que tenta me calar? Você também vai tentar calar toda essa gente? Alagoas não é o império dos Calheiros. É o império do povo! E o povo vai poder escolher, sim, o seu governador”.

Relembre o caso

Em vídeo publicado há três dias nas suas redes sociais, o senador Rodrigo Cunha (União Brasil) não poupou críticas aos Calheiros no registro de candidatura de Paulo Dantas (MDB) ao cargo de governador-tampão de Alagoas. Cunha foi incisivo ao chamar o deputado estadual de “fantoche” da família Calheiros e da Assembleia Legislativa, aumentando a temperatura política ao alertar os alagoanos sobre as possíveis intenções do grupo político ao qual Paulo Dantas pertence

Dantas foi o escolhido, pelo agora ex-governador Renan Filho (MDB), como seu sucessor e já registrou sua candidatura para as eleições indiretas que definirão quem vai ocupar de maneira interina o cargo máximo do Executivo Estadual nos próximos meses. O pleito será realizado daqui a duas semanas na Assembleia Legislativa e, segundo Cunha, deverá revelar aquele que “esquentará a cadeira” para o próximo governador.

O registro de candidatura de Dantas foi acompanhado por aliados políticos, entre eles, o senador Renan Calheiros (MDB). A ausência mais sentida foi exatamente do ex-governador Renan Filho que, curiosamente, não se fez presente e, nas palavras de Cunha, “deixou o cargo, abandonou o povo e fez um conchavo com a Assembleia para nomear um governador-tampão, sem voto popular. Tudo feito na surdina. De costas para a população, em um jogo de cartas marcadas, reunindo o que há de pior na política de Alagoas”.

A decisão judicial

O Movimento Democrático Brasileiro de Alagoas (MDB) entrou com uma representação contra o senador Rodrigo Cunha. Com isso, a Justiça Eleitoral determinou que o senador exclua das redes sociais o vídeo que ele fala sobre a eleição indireta para governador, a ser realizada pela Assembleia Legislativa do Estado (ALE) no próximo dia 2 de maio.

O desembargador Ney Alcântara concedeu um prazo de 24 horas para retirada do vídeo e aplicou multa diária de R$ 5 mil em caso de desobediência. Segundo o magistrado, Cunha “utilizou de informações sabidamente inverídicas e maliciosas para induzir a população contra a legitimidade da eleição indireta prevista na Constituição de Alagoas”.

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