O descarte irregular de resíduos orgânicos na região do Aeroporto Zumbi dos Palmares tem sido motivo de preocupação devido ao aumento de aves. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente do Município, há possibilidade de choque com as aeronaves colocando em risco a segurança dos voos.

A reportagem da Tribuna Independente esteve no local e constatou que nas vias de entorno há acúmulo de resíduos de diversas origens. Conforme explica o secretário de Meio Ambiente de Rio Largo, Alder Flores, o órgão tem registrado aumento expressivo no número de aves naquela região. Segundo ele, tanto os órgão municipais, como a administração do Aeroporto Zumbi dos Palmares vêm se reunindo no sentido de resolver o impasse.

“É uma situação que coloca em risco a segurança das aeronaves porque tem aumentado muito a quantidade de urubus e podem se chocar contra os aviões. Temos nos reunido com as esferas municipais, com o próprio aeroporto e outros órgãos ambientais para definir estratégias”, pontua.

Ainda de acordo com Alder Flores a maior parte dos resíduos é proveniente de avícolas, abatedouros e açougues, o que explicaria a quantidade de aves.

“São resíduos de orgânicos que eram depositados naquela região onde foi construída a nova via que liga Rio Largo ao Benedito Bentes e cada vez mais estão sendo despejados nas proximidades do aeroporto e atraem muito esses animais”, diz.

O órgão esclarece que deve realizar uma campanha educativa e intensificar as fiscalizações no sentido de coibir a prática, que, além de colocar em segurança dos voos, ainda é tipificado como crime ambiental.

“Inicialmente iremos fazer um trabalho de conscientização, passando um carro de som, convocando esses comércios da região, não só de Rio Largo, mas de Maceió também para conscientizar, fazer esse trabalho educativo. Além disso, vamos também atuar com rigor na fiscalização, punindo e multando nos casos de flagrante. E também podemos autuar locais próximos caso não seja comprovada a origem”, afirma.

Nas áreas de canavial próximas ao Aeroporto é possível encontrar diversos tipos de resíduos desde entulhos de construção até lixo residencial. Para Alder Flores, a situação é “desleal” pois concorre com a fiscalização.

“É uma situação muito complicada porque esse tipo de descarte geralmente é feito de madrugada, quando não tem ninguém ou não é possível realizar o flagrante e isto dificulta o trabalho da fiscalização”, acrescenta.