MP vai investigar denúncia de fraude em concurso da PC

O Ministério Público de Alagoas (MPAL) está investigando uma denúncia de tentativa de fraude no concurso para delegado da Polícia Civil do estado de Alagoas (PC/AL). A denúncia foi feita pelo deputado federal Delegado Fábio Costa (PP) na semana passada. Maiores informações sobre a investigação ainda não são possíveis no MP Estadual.

O concurso foi realizado em 9 de julho e contou com cerca de 15 mil inscritos. O Governo do Estado está oferecendo 100 vagas para delegado, sendo 50 para preenchimento imediato e mais 50 para formação de cadastro de reserva. Os salários ultrapassam R$ 20 mil iniciais.

A denúncia afirma que houve uma série de tentativas de fraude durante o concurso, incluindo o uso de pontos eletrônicos e outros artifícios semelhantes. A organização do concurso confirmou que eliminou candidatos por uso de pontos eletrônicos no dia do exame.

O deputado Delegado Fábio Costa considera a denúncia grave e pediu informações sobre a realização do concurso à banca examinadora (Cebraspe) e à Polícia Civil de Alagoas. Ele também solicitou ao Ministério Público uma investigação do caso.

A Polícia Civil informou que abriu inquérito para apurar a denúncia e confirmou a eliminação de candidatos flagrados com equipamentos eletrônicos no dia da aplicação das provas. Segundo o coordenador da Divisão Especial de Investigação e Capturas (DEIC), delegado Igor Diego, foram registradas algumas ocorrências durante o certame, que resultaram na eliminação de candidatos. Em uma dessas situações, a pessoa submetida à prova estava com um equipamento eletrônico, que foi recolhido para perícia.

“O trabalho foi bem-feito. Tínhamos policiais em cada escola que realizou a prova. Importante dizer que internamente toda a fiscalização é feita pela banca que realiza o concurso público. Cabe a ela, a acompanhar o candidato que vai sair da sala, passar o detector de metais, acompanhá-lo até o banheiro, ou deixar o banheiro de porta aberta, então cabe a banca cumprir todas as regras de segurança interna. Uma pessoa foi eliminada com equipamento eletrônico. De imediato, após a eliminação pela banca examinadora, os policiais, que estavam na escola, receberam a informação e conduziram a pessoa para ser feito o registro do Boletim de Ocorrência, como também o equipamento usado, porque era diferente, e tivemos que periciá-lo para saber se ele era capaz de trabalhar de alguma forma para passar informações. Não havia suspeita de flagrante naquele momento, mas uma atitude suspeita”, informou o delegado na última semana.

Em nota, a Secretaria de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) informa que não há registros de prisão sobre candidatos com ponto eletrônico, durante concurso para delegado realizado no domingo, 9 de julho.

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