Comércio de Alagoas deve gerar mil vagas temporárias este ano

Estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio-AL) aponta que serão criadas cerca de mil vagas de emprego temporárias no estado para suprir a demanda do comércio no final de ano. As contratações para este período já começam agora em outubro, com o reforço para o Dia das Crianças.

O presidente da Fecomércio-AL, Adeildo Sotero, explica que para Alagoas, de maneira desagregada, conforme dados do Caged [Cadastro Geral de Empregados e Desempregado], a previsão, com base em anos anteriores, deve seguir saldo positivo com quase mil vagas de emprego e estimativa de saldo de pelo menos 10% em comparação com o ano passado.

Ele conta ainda que no Brasil, pelos dados do Caged, foram criadas 790 mil vagas temporárias durante todo o ano de 2022, restando-se um saldo de mais de seis mil postos efetivos ao ano seguinte. “Para o ano de 2023, a perspectiva com o aumento de salário mínimo e revisão do aumento do PIB para 2,31% até o final do ano e diminuição da taxa Selic para o atual patamar de 11,75%, com aumento do crédito para consumo e investimento deve superar o saldo para o 2º semestre em pelo menos 10% em relação ao ano anterior, com base nos mesmos valores de pico verificados nas contratações para a Páscoa”, explica.

Sotero explica que as expectativas para as vendas no fim de ano são boas, tendo em vista o adiantamento dos salários de servidores públicos estaduais, décimo terceiro, programa Desenrola do Governo Federal, diminuição das taxas de juros tanto para investimento quanto para o crédito para consumo.

“A expectativa é que o setor de vendas tenha um bom desempenho ao final do ano, principalmente dos bens duráveis que precisam de substituição e de itens de presente. Além disso, o aumento do salário mínimo vigente vinculado à recente estabilidade do dólar em $4,98, permitirá preços menos agressivos em relação ao período anterior”, detalha. O presidente da entidade diz que há perspectiva de efetivação dos trabalhadores, haja vista as projeções a nível agregado e adiantamento de salários pelo Estado de Alagoas.

Em todo o Brasil, nas projeções da Confederação Nacional do Comércio (CNC), a criação de vagas temporárias deve passar do patamar de 110 mil postos de trabalho temporários. “Se olharmos a série histórica, o patamar mais alto foi em 2013, com 115 mil vagas abertas. Com os juros e a inflação menores, certamente teremos o maior contingente de trabalhadores temporários para o período dos últimos dez anos”, avalia Fábio Bentes, economista sênior da CNC.

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