O número de mulheres que buscaram acolhimento na Casa da Mulher Alagoana durante o Carnaval aumentou em 2025. Entre sábado (1º) e a Quarta-feira de Cinzas, três mulheres e seis crianças foram levadas ao local após sofrerem violência doméstica, enquanto no ano passado apenas uma mulher e seu filho precisaram do abrigo.
O crescimento na procura pelo serviço é visto como um reflexo da maior divulgação da rede de proteção e da confiança que as vítimas vêm depositando no suporte oferecido.
“Acreditamos que esse aumento em 2025 se deve à maior divulgação e à confiança cada vez maior no serviço, o que encoraja mais mulheres a procurarem ajuda e romperem com o ciclo da violência”, afirmou Paula Lopes, diretora da Casa da Mulher Alagoana.
As mulheres foram levadas para o abrigo por equipes da Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar. No local, elas foram acolhidas, receberam atendimento especializado e obtiveram Medidas Protetivas de Urgência (MPU) concedidas pelos juízes Soraya Maranhão e Kleber Borba.
Além do abrigo temporário, a Casa da Mulher também atuou na assistência jurídica e psicológica. “Prestamos a devida assistência para resguardar a vida destas mulheres e das crianças que por aqui passaram, garantindo a integridade física e as condições jurídicas necessárias”, explicou Paula Lopes.
Rede de enfrentamento à violência funcionou durante o feriado
Mesmo durante o feriado, toda a rede de enfrentamento à violência contra a mulher esteve ativa. A ação é realizada pela Casa da Mulher Alagoana, a Patrulha Maria da Penha, a Rede de Atenção às Violências, os Conselhos Tutelares e a Central de Flagrantes.
A comandante da Patrulha Maria da Penha, major Dayana Queiroz, reforçou que a cooperação entre os órgãos é essencial para proteger as vítimas e garantir que os agressores sejam responsabilizados.
“Mantivemos o plantão da Patrulha, que prestou apoio à Casa da Mulher em diligências de retorno ao lar e busca por abrigamento, garantindo segurança e acolhimento. É um compromisso recíproco fazer o melhor para auxiliar mulheres a encerrarem o ciclo da violência”, destacou.
A Casa da Mulher Alagoana segue funcionando de forma ininterrupta e informa que qualquer mulher em situação de violência pode buscar ajuda a qualquer momento.