O Brasil está vivendo um período alarmante de queimadas em vários Estados. Em Alagoas, o Corpo de Bombeiros atendeu, desde o início do ano, 289 ocorrências de incêndio em vegetação.
Deste total, 58 foram em Maceió, 38 em Arapiraca, 37 em Marechal Deodoro, 20 em Palmeira dos Índios, 18 em Maragogi e 13 em União dos Palmares.
No Sertão, foram 17 ocorrências, sendo seis em Delmiro Gouveia, quatro em Santana do Ipanema, dois em Pariconha, dois em São José da Tapera e um em cada um dos municípios de Água Branca, Pão de Açucar e Teotônio Vilela.
De acordo com o sargento Bruno Francisco Santos Perciano, do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas, os incêndios na vegetação são registrados com maior frequência entre os meses de outubro e março, mais precisamente no final de outubro. “Esse período é o mais quente do ano”, acrescentou.
O 1° sargento do Corpo de Bombeiros, Alder Ferreira, que integra a Defesa Civil Estadual, alertou para o fato de que sempre existe algum nível de risco, mesmo que seja pequeno, de Alagoas ter incêndio na vegetação.
“A umidade relativa do ar no Estado é significativamente maior do que a registrada no Centro-Oeste, o que ajuda a dificultar a propagação de incêndios, especialmente os espontâneos. No entanto, ainda há o risco de incêndios criminosos. Esses incêndios não podem ser previstos e podem ocorrer em qualquer lugar”, detalhou.
As estatísticas do Corpo de Bombeiros mostram ainda que, durante todo o ano passado, Alagoas registrou 848 ocorrências de incêndio em vegetação.
“Do total, 211 em Maceió, 150 em Arapiraca, 70 em Marechal Deodoro e 49 em Maragogi. No alto Sertão, foram 51 ocorrências, sendo 43 em Delmiro Gouveia, duas em cada um dos municípios de Batalha, Belo Monte e Olho D’Água das Flores e um em Monteirópolis.
As queimadas no Brasil, particularmente em agosto, apresentam um cenário alarmante, com um aumento expressivo nos focos de incêndio em várias regiões. Recentemente, o deslocamento da fumaça dessas queimadas para amplas regiões do Brasil mostra a gravidade da situação. Ao comparar os dados de 2023 com 2024, observa-se um aumento significativo em estados como Mato Grosso, Pará e Amazonas, refletindo não apenas na atividade humana, mas também nas condições climáticas adversas que têm prevalecido no país.
Esse aumento nos focos de queimadas está intrinsecamente ligado à estiagem prolongada que afeta vastas regiões do Brasil. Um recente mapeamento mostrou que a chuva vem de forma muito irregular em amplas áreas do Brasil, desde o início do outono.
A falta de chuvas tem contribuído significativamente para a propagação dos incêndios, exacerbando os problemas já críticos.