Em Alagoas, desde o início da série histórica que acompanha o surgimento e o avanço da Covid-19, foram notificados 973.650 casos da doença. Os números são desde 2020 até o último dia 10 deste mês. Neste mesmo período, 7.368 alagoanos perderam a vida para a doença.
Do total de casos notificados nos últimos cinco anos, foram confirmados 350.608. No somatório dos casos recuperados estão 342.663 pessoas e entre os casos descartados 622.450.
Desde o início deste ano, Alagoas teve notificados 4.844 casos de Covid-19, dos quais 1.402 confirmados, 2.850 descartados e 1.331 recuperados. De janeiro até a última segunda, dia 10, morreram nove pessoas no estado em decorrência da doença. Do total de casos em Alagoas, 494 aconteceram em Maceió.
Os números ainda preocupam as autoridades sanitárias. A baixa adesão à continuidade das doses da vacina contra a doença é apontada como um fator de risco à continuidade da infecção viral.
Há cinco anos, mais precisamente no dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarava, oficialmente, a doença como uma pandemia. A declaração foi lida pelo chefe da OMS, biólogo Tedros Adhanom.
Desde então, diferentes vacinas e antivirais foram desenvolvidos para combater o vírus, e diversas variantes foram surgindo. Apesar de avanços, ainda há registros consideráveis de casos e óbitos da doença.
Naquela dada, os confinamentos ainda não haviam começado, os hospitais não estavam transbordando de pacientes a beira da morte e o colapso da economia não estava sequer previsto.
A palavra “pandemia” mudou a situação. Daquela definição em diante, o praticamente o mundo todo começou a realmente entender a gravidade da Covid-19.
A partir dali, quase a totalidade populacional passou a usar máscaras faciais e estava assustada com o crescimento desenfreado das infecções e óbitos causados pela Covid-19.
Em 2020, quando a OMS alertava o mundo sobre a doença, Maceió teve 44.365 e 1.239 óbitos. De janeiro até o último dia 10 foram 273 casos e 3 óbitos. Palmeira dos Índios registrou em 2020 2.254 casos e 47 mortes. Este ano, somou 57 casos e um óbito.
Médico afirma que a população relaxou quanto aos cuidados
Em relação à vacinação, Alagoas aplicou 6.880.621 doses, deste total foram primeira dose 2.689.062, segunda dose 2.341.392, terceira dose 13.537, dose de reforço 1.276.855, primeira dose de reforço 26.070, segunda dose de reforço 446.753, terceira dose de reforço 2.883, dose adicional 11.642 e dose única 70.103. As informações sobre a quantidade de doses aplicadas foram extraídas do Vacinômetro do Ministério da Saúde.
Na avaliação do médico infectologista Fernando Maia, a quantidade de casos da doença é um reflexo do relaxamento das pessoas que esqueceram de continuar pondo em prática os cuidados contra a transmissão da doença e também não deram seguimento ao calendário vacinal.
“A gente vê as pessoas circulando doentes em lugares fechados, pessoas espirrando, tossindo sem máscara. A procura pela vacinação está muito baixa. Há pessoas que tomaram apenas duas doses do imunizante. Há ainda pessoas que sequer tomaram uma dose da vacina. Muitas pessoas também não vacinaram seus filhos menores. As crianças são grandes disseminadores de vírus, de uma maneira geral. E as crianças não estão sendo vacinadas”.
A doença ainda permanece em uma situação pandêmica. Para que a haja uma transição endêmica, o Ministério da Saúde indicou a necessidade de redução do número de mortes e uma melhor compreensão do comportamento do vírus, seja pela ciência (a velocidade de suas mutações, a sazonalidade da doença, entre outros aspectos).