A saúde pública em Arapiraca enfrenta um momento crítico devido à demora nos repasses do Governo de Alagoas. Hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) têm reduzido serviços essenciais, enfrentando falta de equipamentos, suspensão de atendimentos e até fechamento de unidades. Entre os problemas mais graves estão a interrupção de atendimentos maternos no Hospital Chama e a ausência de tomógrafo funcional no Hospital de Emergência há quase seis meses.

Durante sessão ordinária da Câmara Municipal, vereadores destacaram que a situação prejudica diretamente a população, especialmente gestantes de alto risco e recém-nascidos, que muitas vezes precisam se deslocar para outros municípios para receber atendimento. A falta de repasses estaduais também força hospitais a suspender convênios, reduzir atendimentos e sobrecarregar as unidades que permanecem abertas.

Segundo parlamentares, a crise em Arapiraca reflete uma fragilidade que se estende por todo o estado. O vereador Adriano Targino alertou que, sem medidas urgentes, a cidade pode enfrentar um colapso completo na rede hospitalar, enquanto mães são obrigadas a buscar parto e atendimento neonatal fora do município.

A Câmara Municipal anunciou a intenção de promover uma audiência pública com representantes da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) para cobrar explicações sobre os atrasos e discutir soluções para manter os serviços essenciais. O objetivo é avaliar os impactos do fechamento de maternidades e da suspensão de atendimentos oncológicos, além de buscar alternativas para garantir a continuidade do cuidado à população.

Parlamentares reforçam que a precarização da rede hospitalar aumenta os riscos à vida de pacientes, eleva o tempo de espera por procedimentos e sobrecarrega unidades de referência, evidenciando a necessidade de ação imediata do governo estadual. A crise também levanta questionamentos sobre a capacidade da gestão estadual de cumprir suas responsabilidades com a saúde pública.

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