Maceió aparece como cidade promissora no ranking de demanda por imóveis de médio padrão no país e apresentou o maior avanço, subindo 39 posições, segundo o Índice de Demanda Imobiliária (IDI) Brasil, que permite monitorar e mapear oportunidades no mercado imobiliário. A capital saiu da 49ª colocação em março de 2023 para a 10ª em setembro de 2024.

O salto, de acordo com o IDI Brasil, foi impulsionado pelo aumento nos indicadores de demanda direta e pela atratividade, tanto de novos empreendimentos quanto de unidades em estoque.

O empresário Alfredo Brêda, vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Alagoas (Sinduscon-AL), avalia o bom desempenho de Maceió no ranking do IDI Brasil. Desde antes da pandemia havia uma demanda reprimida no mercado imobiliário.

Os imóveis considerados de médio padrão estão principalmente na parte baixa da cidade, na região que envolve a Pajuçara, Ponta Verde, Jatiúca, seguindo por Cruz das Almas e litoral Norte, situados a partir da terceira quadra da praia. Normalmente comprados para morar e negociados para investir.

Segundo Brêda, entre os anos de 2012 e 2015 e no período após a pandemia, uma crise econômica afetou o setor imobiliário, refletindo na queda da produção de imóveis não apenas em Alagoas.

“A gente vinha de uma crise, que piorou mais um pouco por causa das condições financeiras do país e isso fez com que nós não produzíssemos tantos imóveis, não só em Alagoas mas em nível nacional. Houve uma queda na produção de imóveis”, disse o empresário.

APERTO NA PANDEMIA

Alfredo Brêda lembra que durante a pandemia de Covid houve um “aperto maior” para o setor imobiliário devido ao aumento dos preços dos materiais de construção, fazendo com que as construtoras não conseguissem repassar os valores para os novos imóveis. “Passada a pandemia, então, essa procura vinha aumentando, já que existia essa demanda reprimida e as construtoras começaram a produzir”, recorda.

De acordo com ele, após a pandemia houve um equilíbrio maior nos preços, mesmo assim ainda havia uma defasagem real descontada a inflação de cerca de 12%. Os anos de 2023 e 2024 e dias atuais têm sido promissores para Maceió no mercado imobiliário não apenas para o médio padrão, mas para alto padrão e baixo padrão econômico.

Em todos os níveis houve uma melhora acentuada na procura de imóveis, avalia o empresário. São considerados de médio padrão, imóveis que estão numa faixa de renda familiar entre R$ 12 mil e 24 mil. Nesse perfil se enquadram principalmente os imóveis tipo estúdio, segundo Alfredo Brêda. Nesse ponto, Maceió produziu muitos deles nos últimos 2 anos e 3 anos.

“Isso fez com que crescesse muito o médio padrão aqui em Maceió. Esse é o diferencial, exatamente essa produção de estúdios. Essa procura é grande pela população local para alugar nessas diversas plataformas para o turismo, que é muito forte em Maceió e está ficando cada vez mais forte. Também por pessoas de outros estados que procuram imóveis desse tipo para não só usar quando vierem para Maceió, mas também para colocar nas plataformas de aluguéis”, explica o vicepresidente do Sinduscon.

Lembrando que o preço desses imóveis é acima de R$ 350 mil até cerca de 900 mil reais. “A demanda por imóveis em Maceió é promissora, sim. Maceió é uma cidade hoje fortemente turística, então você percebe por aí. Quando a gente parte para imóveis como estúdios, a procura é absurda e não só com a população local, como as pessoas que vêm de outras regiões do país e querem morar ou alugar”, explica Alfredo Brêda.

O empresário aconselha que o momento é oportuno para aquisição de imóveis. “Agora, há uma defasagem no preço ainda de cerca de 12%, descontada a inflação. Eu sempre aconselho que quem deseja comprar imóvel, compre logo, porque o momento ainda está bom para adquirir, porque vai acontecer uma subida de preço natural porque nós temos a defasagem”, finaliza.

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