Maria Aparecida da Silva Pereira, nasceu no dia 27 de outubro de 1940, na cidade de Arapiraca/AL, filha de: André Félix da Silva e Maria Nunes da Silva, seu pai agricultor e sua mãe dona de casa.Começou a estudar suas primeiras letras com a professora Margarida Moço no Sítio Caititús aos seis anos de idade. Aos sete anos, foi estudar no Grupo Adriano Jorge até os 11 anos onde fez o primário, iniciou o curso de pintura e teatro, sempre fez parte da frente recreativa da referida escola. Aos 12 anos, repetiu o 4º ano primário no Instituto São Luiz onde aprendeu mais a Matemática com o professor Arlindo José. 

Aos 13 anos, seus pais acharam que era melhor ela estudar fora e a levaram para a capital pernambucana – Recife fez o Curso de Admissão e começou o Ginasial no Colégio Sagrada Família em Casa forte, ficou 2 anos e voltou para sua terra por motivo de saúde e de muitas dificuldades.

Ao chegar em casa, não podia ficar sem estudar e o Colégio Bom Conselho só funcionava à noite e seus pais não aceitaram, então foi aprender corte e costura, tricô crochê, bordados e outras artes. Só que o sonho de seus pais, que eram católicos, era que viesse um colégio de Freiras para Arapiraca e graças a Deus e ao padre Epitácio Rodrigues e Drª Francisca Macêdo (1954) as esperadas freiras vieram.

Foi aí que se dedicou, junto às irmãs Franciscanas aos estudos e ajudá-las, pois desde criança sua índole era só voltada para fazer o bem aos mais necessitados, ajudando seus pais com o pessoal que trabalhava em fumo e sendo a mais velha da família, sempre era solicitada pelos pais para ajudá-los nos trabalhos.

Católica, desde sua infância, fez a primeira Comunhão aos seis anos. Aos sete,  já fazia parte da Cruzada Eucarística, aos 13 anos, foi postulante e aos 15 anos Filha de Maria sempre ajudando a Igreja Nossa Senhora do Bom Conselho. A construção do Colégio São Francisco e da Concatedral de Arapiraca foi umas das primeiras conquistas de Maria Aparecida que sempre estava presente nas campanhas políticas, ajudando o seu pai (aos seus candidatos).

Casou com Geová Caetano Pereira com quem teve sete filhos: Jeovanildo, José Wilson, Jeovane e Jovanilson (falecidos), Jeorge, Jeová e Marcelo.

Aos 22 anos, juntou-se a um grupo de amigas e a uma Voluntária das Paz que veio dos Estados Unidos e fundou o 1º Clube de Serviço de Arapiraca – CLUBE DE MÃES – pela necessidade das jovens mães precisarem aprender e dar mais assistência aos seus filhos.

Daí por diante não mais parou, e com esse Clube continuou ensinando o que sabia em termo de artes.

Fez o Curso de Parteira no Hospital Regional administrado pelo CRUTAC. Conseguiu leite para doar às mães carentes e com os prefeitos: Higino Vital e João Batista, enxoval para gestantes.

Sua vida ativa era bem movimentada , mesmo com seus filhos pequenos, nunca faltou tempo para ajudar a Igreja , aos carentes , a seus pais e ao seu esposo na máquina de costura e ensinando corte e arte, mas o destino interferiu em sua vida – Deus levou seu esposo. Ficando com seus filhos ocupando o lugar de pai e mãe, com muitas dificuldades financeiras e se viu com a responsabilidade dobrada.

Seus filhos adolescentes, estudantes precisavam de companhia para irem ao colégio, então resolveu estudar para acompanhá-los. Fez o curso Minerva e prosseguiu com o curso de Contabilidade no Colégio Bom Conselho.

Pela falta de diversão para jovens, fundou a Escola de Samba 30 de Outubro para animar os Carnavais de Arapiraca, onde chegou a ser tetracampeão. Fundou o Teatro Cultural junto às colegas para continuar com as artes que aprendeu no Colégio São Francisco.

Foi convidada pelo prefeito Agripino Alexandre para trabalhar na Prefeitura. Prosseguindo, recebeu a nomeação como Chefe de Gabinete a qual foi sua maior surpresa por ser ano político.

Não esquecendo da responsabilidade com a família e seus pais, dedicou-se de corpo e alma ao trabalho.

Seus pais e um grupo de amigos junto ao deputado Vinícius Cansanção decidiram que fosse candidata a vereadora para representar sua terra. Candidatou-se no ano de 1975, com o apoio de alguns senhores como: Eduardo Alves, Valfrido Leão, Zeca Pio, Padre Epitácio, Né Ângelo, Noberto Severino e seu pai André Felix, seu braço direito.

Foi eleita em segundo lugar onde exerceu o seu cargo com responsabilidade, e já no primeiro mandato realizava um sonho: as pessoas carentes na hora de sua morte teriam direito ao seu ataúde (caixão) . Conseguiu, também, que ao invés do funcionário ler a Ata da Sessão, essa responsabilidade passaria a ser tarefa do 1º secretário.

Foi vereadora em Arapiraca por cinco Legislaturas. No biênio 1995/1996, Presidenta da Câmara Municipal.

Sua primeira atuação foi arrumar este Legislativo, pois achava que a casa do povo deveria ser a melhor possível, contratou funcionários para servir os vereadores nos dias de reuniões, comprou enxoval (fardas) para os funcionários, conseguiu passes e ajuda para aqueles que estavam doentes e precisavam de cuidados especiais.

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