O grupo de artesãs Tecelãs MCZ celebrou a data de forma especial. Elas lançaram a coleção “No Balanço do Mar”, inspirada nas belezas naturais de Alagoas, como praias, mar e coqueiros.
As peças usam tons de azul, verde e areia, remetendo ao litoral alagoano.A coleção une arte, memória e tradição, com pontos tecidos com carinho e criatividade.
O grupo é formado por sete mulheres: Lúcia Galvão, Josélia Costa, Anita Rocha, Ângela Torres, Andiara Brito, Rosângela Nunes e Rozinete Alves.A coordenação é da professora aposentada Lúcia Galvão.
Elas recebem apoio do programa Alagoas Feito à Mão, do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Relações Federativas e Internacionais (Serfi).Com isso, ganham mais visibilidade e incentivo para continuar criando.
Pesquisando a história do crochê, elas descobriram que essa arte já foi exclusiva da nobreza.Somente séculos depois, com a francesa Éléonore Riego, os padrões de pontos foram difundidos e o crochê se popularizou.
Lúcia, a mestra do grupo, começou a fazer crochê aos cinco anos. “Meus brinquedos eram linhas, agulhas e tecidos”, conta, lembrando da infância.
Para ela, o crochê se espalhou pelo mundo por ser simples e acessível. “Com só uma linha e uma agulha, a gente já consegue fazer uma peça”, afirma.
A artesã Josélia também aprendeu cedo.“Comecei aos nove anos, em Sergipe. Uma vizinha me ensinou enquanto fazia uma colcha”, relembra.
Já Anita teve outro caminho. Mesmo com a avó crocheteira, só aprendeu na faculdade, em 2007.A curiosidade surgiu ao ver um amigo fazendo crochê e foi amor à primeira vista.
Hoje, as sete mulheres do grupo trabalham de forma coletiva e organizada. Cada uma tem sua função no processo criativo, de produção e venda das peças.
Com talento e união, as Tecelãs MCZ mostram que o crochê é arte viva.E seguem escrevendo uma linda história com fios, pontos e paixão por Alagoas.