Polícia abre inquérito para investigar empresa por crime ambiental na área de mangue em Jacarecica

A Polícia Civil de Alagoas, por meio do 6º Departamento Policial (6º DP), está investigando a denúncia de um crime ambiental em uma Área de Proteção Permanente (APP) no bairro de Jacarecica, em Maceió. Uma empresa de coleta e transporte de metralha foi flagrada aterrando uma área de mangue ao fazer o descarte do material. A denúncia foi feita inicialmente pelo Instituto Biota de Conservação.

Em entrevista à TV Pajuçara nesta terça-feira (29), o delegado Robervaldo informou que, no mínimo, três metros do leito do Rio Jacarecica foi invadido, isto é, aterrado pelo descarte irregular de metralhas. “Existe uma invasão no leito do rio, consequentemente existe crime ambiental, além do descarte que também é crime ambiental. A grosso modo, no mínimo, três metros do leito rio foi invadido”, disse o delegado.

Representantes da empresa de metralha já foram intimados para prestar esclarecimentos. “Nós queríamos dar o flagrante, mas não foi possível. Já deixamos as intimações para as devidas pessoas comparecerem à delegacia e prestar depoimentos. Vamos ouvir administradores, donos se for caso, para mandarmos o inquérito à justiça”, contou o delegado.

Robervaldo Davino disse ainda que “independente da área ser privada ou não, não se pode aterrar o rio, e que o inquérito vai seguir da delegacia. “Vamos fazer e enviar à justiça”, afirmou.

Empresa teve equipamentos lacrados e foi multada – Na última sexta-feira (25), a Secretaria Municipal do Meio Ambiente disse que ia aplicar multas contra a empresa que foi flagrada praticando crime ambiental em uma Área de Proteção Permanente (APP) do bairro Jacarecica, em Maceió. Cantídio de Freitas Mundim, titular da pasta, comentou sobre o tema em entrevista ao Cidade AL.  

“Em relação ao valor exato da multa, neste momento não calculamos ainda, porque a empresa infringiu vários artigos da nossa legislação ambiental e é preciso fazer o somatório de todos esses artigos e, depois disso, ver a dosimetria da multa. Além disso, temos que saber se a empresa é ou não reincidente, se já houve outras notificações e ela não cumpriu. E outro fator que avaliamos é se a empresa descumprir  nossa determinação”, explicou o secretário.

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