A produção alagoana de leite atingiu 703,4 mil litros em 2023, segundo levantamento divulgado na última sexta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume representa um aumento de 18,1% em relação ao ano anterior, quando foram produzidos 595,4 milhões de litros.
De acordo com o órgão, o volume de leite produzido em Alagoas no ano passado rendeu R$ 1,4 bilhão, um crescimento de 8,6% em relação ao R$ 1,3 bilhão atingido em 2022.
O levantamento do IBGE mostra que, sozinha, a produção alagoana de leite foi responsável por 85,85% de todo o valor resultante dos produtos de origem animal. Em 2023, esse valor atingiu R$ 1,7 bilhão, um avanço de 6,8% ante R$ 1,5 bilhão registrado em 2022.
O resultado da produção alagoana de leite é consequência do aumento do rebanho bovino no estado. Segundo os dados da pesquisa, no ano passado o número de cabeças — incluindo bois, vacas e bezerros — somou 1,4 milhão, um incremento de 7,6% em relação ao ano anterior. A produção leiteira é resultado da ordenha de 280.930 vacas, segundo o IBGE.
A produção local de leite é a quarta maior do Nordeste, atrás de Pernambuco, que lidera o ranking, com 1,3 bilhão de litros, Bahia (1,2 bilhão) e Ceará (1,1 bi). O Piauí aparece com o menor volume, com 69,5 milhões de litros.
Em todo o país, a produção estimada de leite de vaca foi de 35,4 bilhões de litros. O resultado corresponde a uma alta de 2,4% na produção nacional. O valor de produção do leite contabilizado em 2023 foi de R$ 80,4 bilhões, alta de 0,4% frente a 2022. O preço médio estimado foi de R$ 2,27 por litro de leite, recuo de 1,9% quando comparado aos R$ 2,31 pagos no ano anterior.
“A atividade leiteira vinha em declínio e agora ocorreu um aumento em 2023, embora o número de vacas leiteiras tenha apresentado leve queda de 0,1%. Então este aumento da produção do leite se deu em função do aumento de produtividade”, explica Mariana Oliveira, analista da PPM.
O município de Castro (Paraná) apresentou a maior quantidade, liderando, mais uma vez, o ranking, com 454,0 milhões de litros, alta de 6,4% em relação ao ano anterior, e R$ 1,3 bilhão no valor de produção.
Carambeí (Paraná) se manteve na segunda posição, com 269,9 milhões de litros, alta de 5,6%, e R$ 755,7 milhões e, em seguida, com 211,1 milhões de litros e R$ 513,0 milhões, veio Patos de Minas (Minas Gerais), assim como na edição anterior.
Enquanto a produção de leite subiu, o número de vacas ordenhadas decresceu. Foram contabilizadas 15,7 milhões de vacas ordenhadas, 0,1% a menos que em 2022, sendo esse total de vacas ordenhadas o menor já registrado desde 1979.
A maior produção de leite com um menor número de vacas ordenhadas é resultado de incremento na tecnologia do setor leiteiro, que tem investido cada vez mais em genética e manejo do rebanho.