A Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa) realiza, no dia 22 de outubro, em Ribeirão Preto (SP), a Liberação Nacional de Variedades RB, um dos eventos mais relevantes para a inovação e sustentabilidade do setor agrícola brasileiro. Na ocasião, serão apresentadas 18 novas cultivares de cana-de-açúcar desenvolvidas pelas universidades federais que integram a rede.

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) tem protagonismo nesse marco científico e tecnológico. O reitor Josealdo Tonholo, atual presidente da Ridesa, representará a instituição, ao lado do professor Geraldo Veríssimo, um dos fundadores da Rede e coordenador adjunto, e professor do Ceca/Ufal. Ambos participam ativamente das articulações e das pesquisas que fortalecem a posição da Ufal como referência nacional no melhoramento genético da cana.

Segundo o professor Geraldo Veríssimo, a liberação de novas variedades ocorre a cada cinco anos, reunindo os maiores especialistas do setor. “A Ufal é uma das principais universidades da Ridesa, especialmente por conta da Estação Experimental de Cana-de-Açúcar Serra do Ouro, que é referência nacional. Nesta edição, vamos liberar três novas variedades desenvolvidas em Alagoas, que se somam às contribuições de outras universidades, totalizando 18 novas cultivares adaptadas a diferentes biomas do Brasil”, destacou.

Criada em 1990, a Ridesa reúne 10 universidades federais que assumiram a missão de dar continuidade ao trabalho do antigo Planalsucar. Desde então, a rede se consolidou como responsável pelo desenvolvimento das variedades RB (República do Brasil), cultivadas em aproximadamente 60% da área de cana do país. Além da Ufal, fazem parte da rede as universidades federais de Viçosa (UFV), São Carlos (UFSCar), Pernambuco (UFRPE), Rio de Janeiro (UFRRJ), Paraná (UFPR), Goiás (UFG), Mato Grosso (UFMT), Sergipe (UFS) e Piauí (UFPI).

O evento em Ribeirão Preto reunirá reitores, pesquisadores, técnicos e produtores, além de autoridades do setor sucroenergético, do Governo Federal e das agências de fomento à pesquisa. Para o reitor Tonholo, o encontro reforça a importância da parceria entre universidade e setor produtivo. “Esse trabalho coletivo demonstra a força da ciência brasileira. São pesquisas de longo prazo que resultam em inovação para o campo, competitividade para o setor e sustentabilidade para o país”, afirmou.

Além da liberação nacional, já está prevista uma edição local em Alagoas, em 2026, para apresentar oficialmente as novas variedades desenvolvidas pela Ufal à comunidade científica e ao setor produtivo regional.

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