Seis amigos de Maceió, cada um com uma bicicleta e todos com espírito aventureiro. Esses foram os ingredientes perfeitos para uma viagem, que teve como rota de partida Maceió e rota de chegada Aparecida do Norte, em São Paulo, com uma parada estratégica no Rio de Janeiro.

Para cumprir a rota, as pedaladas foram iniciadas no dia 3 de janeiro e finalizadas no dia 28 do mesmo mês. No total, 2.610 quilômetros. Contabilizados apenas ida. Eles voltaram de avião. No ponto de chegada, havia um carro com transbike contratado para levá-los até o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
Dos seis amigos, duas são mulheres e quatro são homens. Entre os integrantes, a pessoa mais nova tem 42 anos e a de mais idade 69. A maior parte da viagem foi pela BR-116, de Feira de Santana/BA até Governador Valadares/MG.

Antes de Feira de Santana, o grupo seguiu pela AL-101 e pela BR-101. E depois de Governador Valadares, foi em direção ao litoral do Espírito Santo, de onde conectou novamente com a BR-101 no estado do Rio de Janeiro.

No grupo há as mais diversas profissões. Há empresário, porteiro, aposentado, professor e encarregada de produção. O trajeto é feito pelo presidente do grupo Moacir Rozendo Leite Júnior, junto ao Daniel Moura Soares (que se uniu ao grupo no Espírito Santo).

Além de Moacir e Daniel, participaram da viagem Patrícia Maria da Silva Pereira, Corintho Betoni, Jairo Costa (Lost), Wellington Mamede, Edneuza Maria dos Santos, John Ribeiro de Carvalho (se encontrou com o grupo em Sergipe), Arnaldo (que também se uniu ao grupo no Espírito Santo) e Ceciliano Lima Rocha (que se encontrou com o grupo na Bahia).

Moacir e Daniel assumem o papel de guia. Passam muito tempo estudando o percurso, avaliam onde tem ponto de apoio, como restaurante, posto de combustível, pousada, mapeiam tudo.

O maior percurso feito em um dia, foi de 218 quilômetros, foram 12 horas ininterruptas de pedal.

A cicloturista Patrícia Maria da Silva Pereira, 50 anos, é farmacêutica e uma espécie de porta-voz do grupo – Os Bikers Tour – explicou que alguns integrantes, em algum momento da aventura, precisaram adiantar, por conta de algum problema de saúde, se recuperavam na próxima cidade e continuavam a viagem.
Foi a viagem mais longa. “Eu amo viajar e de bike é maravilhoso, gosto muito do esporte e da sensação de liberdade”, afirmou. E alguém ainda dúvida disso?
Outras duas programações já estão sendo planejadas. Com roteiros menores, a turma já está definindo os detalhes para em 2026 irem para Sergipe e 2027 irem para o Ceará.

Embora, os seis integrantes têm certeza que fariam tudo de novo, há recordações de alguns perrengues. “As rodovias 101 (corta o Brasil) e 116 (Minas Gerais) são muito ruins para pedalar, muitos trechos sem acostamento, muitos caminhões, movimento intenso de carro”, recordou Patrícia Maria da Silva Pereira.
Uma chuva em Minas Gerais e uma tempestade na Avenida Presidente Dutra, antes de chegar em Aparecida do Norte também foram situações apontadas pela cicloturista como tensas.

Ao chegar ao destino, Patrícia Maria da Silva Pereira teve a sensação de ter se encontrado com Deus. “Todos os dias eu orava e louvava sem cessar, se não fosse a fé eu não teria conseguido, nunca tinha passado por tantas situações”, pontuou ela.

Compartilhe: