A taxa de desemprego em Alagoas encerrou 2024 em 7,6%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada na sexta-feira (14), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da menor índice da série histórica iniciada pelo órgão em 2012. Naquele ano, a taxa de desocupação era de 11,4%, chegando a 19,4% em 2020. No ano passado, o desemprego atingiu 9,2% da população em idade para trabalhar.

Segundo o IBGE, a população ocupada no estado encerrou o ano passado em 1,3 milhão de pessoas, com aumento de 4,2% em relação ao ano anterior. Já o nível da ocupação entre as pessoas em idade de trabalhar foi de 48,8% no último trimestre de 2024 e permaneceu estável frente aos trimestres anteriores.

RENDIMENTO MÉDIO

No ano passado, o rendimento médio dos trabalhadores alagoanos atingiu R$2.352,00, um crescimento de 14,2% em relação ao anterior. Trata-se do terceiro maior rendimento médio do Nordeste, atrás apenas do Rio Grande do Norte (R$ 2.668) e Pernambuco (R$ 2.422). Na região, o Maranhão aparece em último lugar, com um rendimento médio de R$ 2.049

Entre os empregados do setor privado, foi estimado que 372 mil trabalham com carteira assinada, com aumento de 9,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O número de empregados sem carteira assinada foi de 237 mil pessoas na iniciativa privada e se manteve estável.

Além de Alagoas, outros treze estados encerraram 2024 com o menor nível de desemprego já registrado pela série histórica da Pnad Contínua. O destaque foi o estado do Mato Grosso, que registrou a menor taxa de desemprego do país, com 2,6%. Além dele, outros sete tiveram taxas abaixo da média nacional de 6,6%: Acre (6,4%), São Paulo (6,2%), Tocantins (5,5%), Minas Gerais (5%), Espírito Santo (3,9%), Mato Grosso do Sul (3,9%), Santa Catarina (2,9%).

Em 2024, as maiores taxas de desemprego do Brasil foram registradas na Bahia (10,8%), Pernambuco (10,8%) e Distrito Federal (9,6%).

No quesito nível de ocupação, que é a proporção de pessoas ocupadas dentro da população com 14 anos ou mais de idade, os estados com as menores taxas são Maranhão (47,3%), Acre e Ceará (ambos com 48,7%). Os com as maiores são Mato Grosso (68,4%), Santa Catarina (67,0%) e Goiás (65,3%) —a média brasileira em 2024 ficou em 58,6%.

O quarto trimestre, 73,4% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. As Regiões Norte (60,3%) e Nordeste (58,1%) apresentaram as menores estimativas desse indicador.

Entre as unidades da federação, as maiores taxas foram registradas em Santa Catarina (87,9%), São Paulo (81,2%) e Rio Grande do Sul (79,9%). Já Piauí (50,9%), Maranhão (52,3%) e Pará (54,4%) foram os estados com menor parcela de empregados com carteira assinada.

A taxa de desocupação por sexo foi de 5,1% para os homens e 7,6% para as mulheres no quarto trimestre de 2024. No Nordeste essa diferença é a maior do país, com 7,1% de desemprego para homens e 10,7% para mulheres.

Compartilhe: